Quarta-feira, 14 de Março de 2007

HAJA MEMÓRIA!

1931
O estudante Branco é morto pela PSP, durante uma manifestação no Porto;

1932
Armando Ramos, jovem, é morto em consequência de espancamentos; Aurélio Dias, fragateiro, é morto após 30 dias de tortura; Alfredo Ruas, é assassinado a tiro durante uma manifestação em Lisboa;

1934, 18 de Janeiro
Américo Gomes, operário, morre em Peniche após dois meses de tortura; Manuel  Vieira Tomé, sindicalista ferroviário morre durante a tortura em consequência da repressão da greve; Júlio Pinto, operário vidreiro, morto à   pancada; a PSP mata um operário conserveiro durante a repressão de uma greve em Setúbal

1935
Ferreira de Abreu, dirigente da organização juvenil do PCP, morre no   hospital após ter sido espancado na sede da PIDE (então PVDE);

1936
Francisco Cruz, operário da Marinha Grande, morre na Fortaleza de Angra do Heroísmo, vítima de maus tratos, é deportado do 18 de Janeiro de 1934; Manuel Pestana Garcez, trabalhador, é morto durante a tortura;

1937
Ernesto Faustino, operário; José Lopes, operário anarquista, morre durante a tortura, sendo um dos presos da onda de repressão que se seguiu ao atentado a Salazar; Manuel Salgueiro Valente, tenente-coronel, morre em condições suspeitas no forte de Caxias; Augusto Costa, operário da Marinha Grande, Rafael Tobias Pinto da Silva, de Lisboa, Francisco Domingues Quintas, de Gaia, Francisco Manuel Pereira, marinheiro de Lisboa, Pedro Matos Filipe, de Almada e Cândido Alves Barja, marinheiro, de Castro Verde, morrem no espaço de quatro dias no Tarrafal, vítimas das febres e dos maus tratos; Augusto Almeida Martins, operário, é assassinado na sede da PIDE (PVDE) durante a tortura ; Abílio Augusto Belchior, operário do Porto, morre no Tarrafal, vítima das febres e dos maus tratos;

1938
António Mano Fernandes, estudante de Coimbra, morre no Forte de Peniche, por lhe ter sido recusada assistência médica, sofria de doença cardíaca; Rui Ricardo da Silva, operário do Arsenal, morre no Aljube, devido a tuberculose contraída em consequência de espancamento perpetrado por seis agentes da Pide durante oito horas; Arnaldo Simões Januário, dirigente anarco-sindicalista, morre no campo do Tarrafal, vítima de maus tratos; Francisco Esteves, operário torneiro de Lisboa, morre na tortura na sede da PIDE; Alfredo Caldeira, pintor, dirigente do PCP, morre no Tarrafal após lenta agonia sem assistência médica;

1939
Fernando Alcobia, morre no Tarrafal, vítima de doença e de maus tratos;

1940
Jaime Fonseca de Sousa, morre no Tarrafal, vítima de maus tratos; Albino Coelho, morre também no Tarrafal; Mário Castelhano, dirigente anarco-sindicalista, morre sem assistência médica no Tarrafal;

1941
Jacinto Faria Vilaça, Casimiro Ferreira; Albino de Carvalho; António Guedes Oliveira e Silva; Ernesto José Ribeiro, operário, e José Lopes Dinis morrem no Tarrafal;

1942
Henrique Domingues Fernandes morre no Tarrafal; Carlos Ferreira Soares, médico, é assassinado no seu consultório com rajadas de metralhadora, os agentes assassinos alegam legítima defesa (?!); Bento António Gonçalves, secretário-geral do P. C. P. Morre no Tarrafal; Damásio Martins Pereira, fragateiro, morre no Tarrafal; Fernando Óscar Gaspar, morre tuberculoso no regresso da deportação; António de Jesus Branco morre no Tarrafal;

1943
Rosa Morgado, camponesa do Ameal (Águeda), e os seus filhos, António, Júlio e Constantina, são mortos a tiro pela GNR; Paulo José Dias morre tuberculoso no Tarrafal; Joaquim Montes morre no Tarrafal com febre biliosa; José Manuel Alves dos Reis morre no Tarrafal; Américo Lourenço Nunes, operário, morre em consequência de espancamento perpetrado durante a repressão da greve de Agosto na região de Lisboa; Francisco do Nascimento Gomes, do Porto, morre no Tarrafal; Francisco dos Reis Gomes, operário da Carris do Porto, é morto durante a tortura;

1944
General José Garcia Godinho morre no Forte da Trafaria, por lhe ser recusado internamento hospitalar; Francisco Ferreira Marques, de Lisboa, militante do PCP, em consequência de espancamento e após mês e meio de incomunicabilidade; Edmundo Gonçalves morre tuberculoso no Tarrafal; assassinados a tiro de metralhadora uma mulher e uma criança, durante a repressão da GNR sobre os camponeses rendeiros da herdade da Goucha (Benavente), mais 40 camponeses são feridos a tiro.

1945
Manuel Augusto da Costa morre no Tarrafal; Germano Vidigal, operário, assassinado com esmagamento dos testículos, depois de três dias de tortura no posto da GNR de Montemor-o-Novo; Alfredo Dinis (Alex), operário e dirigente do PCP, é assassinado a tiro na estrada de Bucelas; José António Companheiro, operário, de Borba, morre de tuberculose em consequência dos maus tratos na prisão;

1946
Manuel Simões Júnior, operário corticeiro, morre de tuberculose após doze anos de prisão e de deportação; Joaquim Correia, operário litógrafo do Porto, é morto por espancamento após quinze meses de prisão;

1947
José Patuleia, assalariado rural de Vila Viçosa, morre durante a tortura na sede da PIDE;

1948
António Lopes de Almeida, operário da Marinha Grande, é morto durante a tortura; Artur de Oliveira morre no Tarrafal; Joaquim Marreiros, marinheiro da Armada, morre no Tarrafal após doze anos de deportação; António Guerra, operário da Marinha Grande, preso desde 18 de Janeiro de 1934, morre quase cego e após doença prolongada;

1950
Militão Bessa Ribeiro, operário e dirigente do PCP, morre na Penitenciária de Lisboa, durante uma greve de fome e após nove meses de incomunicabilidade; José Moreira, operário, assassinado na tortura na sede da PIDE, dois dias após a prisão, o corpo é lançado por uma janela do quarto andar para simular suicídio; Venceslau Ferreira morre em Lisboa após tortura; Alfredo Dias Lima, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Alpiarça;

1951
Gervásio da Costa, operário de Fafe, morre vítima de maus tratos na prisão;

1954
Catarina Eufémia, assalariada rural, assassinada a tiro em Baleizão, durante uma greve, grávida e com uma filha nos braços;

1957
Joaquim Lemos Oliveira, barbeiro de Fafe, morre na sede da PIDE no Porto após quinze dias de tortura; Manuel da Silva Júnior, de Viana do Castelo, é morto durante a tortura na sede da PIDE no Porto, sendo o corpo, irreconhecível, enterrado às escondidas num cemitério do Porto; José Centeio, assalariado rural de Alpiarça, é assassinado pela PIDE;

1958
José Adelino dos Santos, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR, durante uma manifestação em Montemor-o-Novo, vários outros trabalhadores são feridos a tiro; Raul Alves, operário da Póvoa de Santa Iria, após quinze dias de tortura, é lançado por uma janela do quarto andar da sede da PIDE, à sua morte assiste a esposa do embaixador do Brasil;

1961
Cândido Martins Capilé, operário corticeiro, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Almada; José Dias Coelho, escultor e militante do PCP, é assassinado à queima-roupa numa rua de Lisboa;

1962
António Graciano Adângio e Francisco Madeira, mineiros em Aljustrel, são assassinados a tiro pela GNR; Estêvão Giro, operário de Alcochete, é assassinado a tiro pela PSP durante a manifestação do 1º de Maio em Lisboa;

1963
Agostinho Fineza, operário tipógrafo do Funchal, é assassinado pela PSP, sob a indicação da PIDE, durante uma manifestação em Lisboa;

1964
Francisco Brito, desertor da guerra colonial, é assassinado em Loulé pela GNR; David Almeida Reis, trabalhador, é assassinado por agentes da PIDE durante uma manifestação em Lisboa;

1965
General Humberto Delgado e a sua secretária Arajaryr Campos são assassinados a tiro em Vila Nueva del Fresno (Espanha), os assassinos são o inspector da PIDE Rosa Casaco e o subinspector Agostinho Tienza e o agente Casimiro Monteiro;

1967
Manuel Agostinho Góis, trabalhador agrícola de Cuba, more vítima de tortura na PIDE;

1968
Luís António Firmino, trabalhador de Montemor, morre em Caxias, vítima de maus tratos; Herculano Augusto, trabalhador rural, é morto à pancada no posto da PSP de Lamego por condenar publicamente a guerra colonial; Daniel Teixeira, estudante, morre no Forte de Caxias, em situação de incomunicabilidade, depois de agonizar durante uma noite sem assistência;

1969
Eduardo Mondlane, dirigente da Frelimo, é assassinado através de um atentado organizado pela PIDE;

1972
José António Leitão Ribeiro Santos, estudante de Direito em Lisboa e militante do MRPP, é assassinado a tiro durante uma reunião de apoio à luta do povo vietnamita e contra a repressão, o seu assassino, o agente da PIDE Coelha da Rocha, viria a escapar-se na "fuga-libertação" de Alcoentre, em Junho de 1975;

1973
Amilcar Cabral, dirigente da luta de libertação da Guiné e Cabo Verde, é assassinado por um bando mercenário a soldo da PIDE, chefiado por Alpoim Calvão;

1974, 25 de Abril
Fernando Carvalho Gesteira, de Montalegre, José James Barneto, de Vendas Novas, Fernando Barreiros dos Reis, soldado de Lisboa, e José Guilherme Rego Arruda, estudante dos Açores, são assassinados a tiro pelos pides acoitados na sua sede na Rua António Maria Cardoso, são ainda feridas duas dezenas de pessoas.

A PIDE acaba como começou, assassinando. Aqui não ficam contabilizadas as inúmeras vítimas anónimas da PIDE, GNR e PSP em outros locais de repressão.

  • Mais ainda: podemos referir, duas centenas de homens, mulheres e crianças massacradas a tiro de canhão durante o bombardeamento da cidade do Porto, ordenada pelo coronel Passos e Sousa, na repressão da revolta de 3 de Fevereiro de 1927.  
  • Dezenas de mortos na repressão da revolta de 7 de Fevereiro de 1927 em Lisboa, vários deles assassinados por um pelotão de fuzilamento, à ordens do capitão Jorge Botelho Moniz, no Jardim Zoológico.  
  • Dezenas de mortos na repressão da revolta da Madeira, em Abril de 1931, ou outras tantas dezenas na repressão da revolta de 26 de Agosto de 1931.  
  • Um número indeterminado de mortos na deportação na Guiné, Timor, Angra e no Cunene. 
  • Um número indeterminado de mortos devido à intervenção da força fascista dos "Viriatos" na guerra civil de Espanha e a entrega de fugitivos aos pelotões de fuzilamento franquist as.  
  • Dezenas de mortos em São Tomé, na repressão ordenada pelo governador Carlos Gorgulho sobre os trabalhadores que recusaram o trabalho forçado, em Fevereiro de 1953.  
  • Muitos milhares de mortos durante as guerras coloniais, vítimas do Exército, da PIDE, da OPVDC, dos "Flechas", etc..

(A lista de mortes do fascismo, é adaptada de um texto da autoria da Comissão "Abril Revolucionário e Popular")

publicado por António Vilarigues às 11:59
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Domingo, 11 de Março de 2007

Museu Salazar: Os equívocos

Os acontecimentos em torno da “Sessão Pública de Afirmação dos Ideais Antifascistas”, realizada no passado dia 3 de Março em Santa Comba Dão merecem algumas reflexões.

Da parte dos organizadores, a União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), representou o reafirmar publicamente a sua oposição ao projectado “Museu Salazar”. Intervieram oradores do distrito de Viseu (Alberto Andrade, João Carlos Gralheiro, António Vilarigues e Jaime Gralheiro), de Coimbra (Lousã Henriques) e o Coordenador do Conselho Directivo da URAP (Aurélio Santos). Transmitiram às cerca de três centenas de assistentes as suas opiniões. Mas também as experiências de vida sob a ditadura fascista. Fundamentaram, do ponto de vista jurídico, as suas posições.

Pelo lado dos jornalistas foi revelador verificar que alguns estavam presentes apenas para registar incidentes, caso os houvesse. Confrontos físicos, de preferência, seriam bem vindos. Quanto às fundamentações mais profundas só mesmo por obrigação de ofício. Felizmente também houve quem, com isenção, fornecesse um retrato sem distorções da realidade.

Merece destaque pela negativa, e pelos piores motivos, o director do jornal “Defesa da Beira”, Ludgero Figueiredo Matos. Durante três horas encabeçou os manifestantes que se opunham à realização da sessão. Provocou e insultou os organizadores e os presentes. Incitou à violência. Mesmo colegas de profissão de outros órgãos de comunicação social foram vilipendiados por este senhor. Que se mostrou indigno da carteira profissional que ostenta.

Quanto aos defensores do “Museu Salazar” juntaram-se numa contra manifestação ilegal duzentas pessoas (pouco mais de 2% da população do concelho, sublinhe-se). Destacaram-se umas duas dezenas de exaltados, do tipo arruaceiro. Na companhia de alguns conhecidos dirigentes nacionais de organizações neofascistas. Neste clima só a serenidade dos participantes na sessão, que nunca responderam às provocações e aos insultos, bem como a presença da GNR, evitou os confrontos físicos.

A prática comprovou que o Presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão estava equivocado. O simples expressar público de uma opinião contrária ao referido projecto bastou para despertar os saudosistas e os defensores de uma ideologia condenada pela história: o fascismo.

Aliás a actuação de elementos da vereação (do PSD) durante este evento é, no mínimo, estranha. Passearam-se ostensivamente na zona envolvente e nada fizeram para serenar os ânimos mais exaltados. O que significa tal procedimento? Creio que os visados deveriam esclarecê-lo publicamente. A bem da democracia, a bem dos apoiantes do seu partido e a bem da própria direcção nacional do PSD.

Apenas uma nota final. Esta “Sessão Pública de Afirmação dos Ideais Antifascistas” jamais seria possível, sem pesadas consequências para os seus participantes, durante a governação do ditador Salazar.

Recorde-se, a título de exemplo, que Sérgio Vilarigues, natural deste distrito de Viseu, foi preso em 1934, aos 19 anos de idade, quando colava uns pequenos cartazes, apelando à libertação de um jovem comunista preso pela então PVDE (futura PIDE). Condenado por este “crime” a 23 meses de prisão, nos seis anos seguintes correu as cadeias do Aljube, Peniche e Angra do Heroísmo. Foi enviado para o Tarrafal em 1936, fazendo parte da primeira leva de presos, quando já tinha terminado a pena. Só viria a ser libertado em Julho de 1940. E porque foi “amnistiado”. Salazar sabia!

Artigo publicado na edição de 2007/03/09 do "JORNAL DO CENTRO",

publicado por António Vilarigues às 11:05
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Segunda-feira, 5 de Março de 2007

Museu Salazar: A realidade do fascismo

A memória dos povos não é um peso morto das recordações do passado, nem uma crónica desapaixonada dos acontecimentos. A razão de ser da memória histórica está na extracção das lições do passado. Está na aspiração de tornar impossível o desabar de catástrofes sobre a humanidade durante muitos séculos.

O célebre filósofo americano George Santayana (1863-1952) escreveu “Um povo que não recorda o seu passado está condenado a vivê-lo de novo”.

Vem isto a propósito das reacções de João Lourenço à anunciada “Sessão Pública de Afirmação dos Ideais Antifascistas”, a realizar no próximo dia 3 de Março, pelas 15H00, no Auditório Municipal de Santa Comba Dão.

Afirma o edil de Santa Comba Dão que “o fascismo em Portugal já morreu há muito e está bem enterrado e ninguém tem vontade de o desenterrar”. Ou “O fascismo está morto e Salazar enterrado sob sete palmos de terra. Deixá-lo estar assim para sempre”.

Gostaríamos, sinceramente, de partilhar estas opiniões. Só que a realidade é bem diferente. Basta ler os comentários às últimas notícias relacionadas com o Museu Salazar nas edições on-line dos jornais. Ou as manobras rasteiras, já denunciadas pela própria RTP, visando a eleição de Salazar como o “Grande Português”. E convém não esquecer que os movimentos neo-nazis em Portugal já assassinaram por mais de uma vez depois do 25 de Abril.

 Como explica o Presidente da autarquia a influência de partidos e movimentos neo-fascistas e neo-nazis em países como França, Alemanha, Itália e Áustria? Onde detêm, inclusive, significativa representação parlamentar.

O fascismo é, antes de mais, um acontecimento social e político relacionado com a crise profunda das sociedades em que vivemos. Os vícios do fascismo e dos seus dirigentes são os vícios destas sociedades. Doutro modo eles não poderiam alcançar tão vasta importância social.

Ideologia, propaganda, base social de apoio, financiamento do partido, política de alianças, conquista do poder. Seis vértices duma tenebrosa realidade – o poder nazi ou fascista.

Foi precisamente a atmosfera político-social da Europa Ocidental dos anos vinte e trinta, que tornou possível a conquista do poder pelos fascistas em vários países, nomeadamente em Itália, em Portugal, em Espanha, na Alemanha.

Esta realidade mostra à saciedade que os ideais fascistas estão longe de estar mortos e enterrados.

Todo o acervo documental de Salazar está na Torre do Tombo. Para estudo e consulta. E não consta que possa sair de lá para o Vimieiro. O que resta então? Meia dúzia de objectos pessoais.

Queira ou não queira João Lourenço este projecto, objectivamente, visa o revivalismo, o excursionismo e a propaganda do fascismo. E não é com um quartinho “dedicado à luta antifascista, por parte de pessoas que foram presas e torturadas pelo regime”, que se resolve a questão.

Não fosse João Lourenço um democrata e tomaria esta proposta como altamente provocatória. O meu pai, Sérgio Vilarigues, passou durante mais de 6 anos pelos cárceres do Aljube, Peniche, Fortaleza de Angra do Heroísmo e Campo do Tarrafal. A minha mãe, Maria Alda Nogueira, esteve presa 9 anos e dois meses em Caxias. A mãe das minhas filhas, Lígia Calapez, 3 anos.

Salazar sabia. Mais. Salazar despachava todas as semanas com o director da polícia política, a PIDE. O tema não era certamente os amores e desamores (agora tão na moda…) do ditador. Nessas reuniões discutiam-se perseguições, prisões, torturas, condenações, assassinatos.

Mais uma vez reafirmo o que aqui escrevi. O nosso país carece sim de verdadeiros Museus da Resistência e do Fascismo. Lugares indispensáveis para estudar, em todas as suas vertentes, a realidade daquele período da história de Portugal. E para mostrar, sobretudo às gerações mais jovens, o porquê de “fascismo nunca mais”.

Artigo publicado na edição de 2007/02/23 do "JORNAL DO CENTRO"

publicado por António Vilarigues às 10:59
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