Segunda-feira, 5 de Março de 2007

Museu Salazar: A realidade do fascismo

A memória dos povos não é um peso morto das recordações do passado, nem uma crónica desapaixonada dos acontecimentos. A razão de ser da memória histórica está na extracção das lições do passado. Está na aspiração de tornar impossível o desabar de catástrofes sobre a humanidade durante muitos séculos.

O célebre filósofo americano George Santayana (1863-1952) escreveu “Um povo que não recorda o seu passado está condenado a vivê-lo de novo”.

Vem isto a propósito das reacções de João Lourenço à anunciada “Sessão Pública de Afirmação dos Ideais Antifascistas”, a realizar no próximo dia 3 de Março, pelas 15H00, no Auditório Municipal de Santa Comba Dão.

Afirma o edil de Santa Comba Dão que “o fascismo em Portugal já morreu há muito e está bem enterrado e ninguém tem vontade de o desenterrar”. Ou “O fascismo está morto e Salazar enterrado sob sete palmos de terra. Deixá-lo estar assim para sempre”.

Gostaríamos, sinceramente, de partilhar estas opiniões. Só que a realidade é bem diferente. Basta ler os comentários às últimas notícias relacionadas com o Museu Salazar nas edições on-line dos jornais. Ou as manobras rasteiras, já denunciadas pela própria RTP, visando a eleição de Salazar como o “Grande Português”. E convém não esquecer que os movimentos neo-nazis em Portugal já assassinaram por mais de uma vez depois do 25 de Abril.

 Como explica o Presidente da autarquia a influência de partidos e movimentos neo-fascistas e neo-nazis em países como França, Alemanha, Itália e Áustria? Onde detêm, inclusive, significativa representação parlamentar.

O fascismo é, antes de mais, um acontecimento social e político relacionado com a crise profunda das sociedades em que vivemos. Os vícios do fascismo e dos seus dirigentes são os vícios destas sociedades. Doutro modo eles não poderiam alcançar tão vasta importância social.

Ideologia, propaganda, base social de apoio, financiamento do partido, política de alianças, conquista do poder. Seis vértices duma tenebrosa realidade – o poder nazi ou fascista.

Foi precisamente a atmosfera político-social da Europa Ocidental dos anos vinte e trinta, que tornou possível a conquista do poder pelos fascistas em vários países, nomeadamente em Itália, em Portugal, em Espanha, na Alemanha.

Esta realidade mostra à saciedade que os ideais fascistas estão longe de estar mortos e enterrados.

Todo o acervo documental de Salazar está na Torre do Tombo. Para estudo e consulta. E não consta que possa sair de lá para o Vimieiro. O que resta então? Meia dúzia de objectos pessoais.

Queira ou não queira João Lourenço este projecto, objectivamente, visa o revivalismo, o excursionismo e a propaganda do fascismo. E não é com um quartinho “dedicado à luta antifascista, por parte de pessoas que foram presas e torturadas pelo regime”, que se resolve a questão.

Não fosse João Lourenço um democrata e tomaria esta proposta como altamente provocatória. O meu pai, Sérgio Vilarigues, passou durante mais de 6 anos pelos cárceres do Aljube, Peniche, Fortaleza de Angra do Heroísmo e Campo do Tarrafal. A minha mãe, Maria Alda Nogueira, esteve presa 9 anos e dois meses em Caxias. A mãe das minhas filhas, Lígia Calapez, 3 anos.

Salazar sabia. Mais. Salazar despachava todas as semanas com o director da polícia política, a PIDE. O tema não era certamente os amores e desamores (agora tão na moda…) do ditador. Nessas reuniões discutiam-se perseguições, prisões, torturas, condenações, assassinatos.

Mais uma vez reafirmo o que aqui escrevi. O nosso país carece sim de verdadeiros Museus da Resistência e do Fascismo. Lugares indispensáveis para estudar, em todas as suas vertentes, a realidade daquele período da história de Portugal. E para mostrar, sobretudo às gerações mais jovens, o porquê de “fascismo nunca mais”.

Artigo publicado na edição de 2007/02/23 do "JORNAL DO CENTRO"

publicado por António Vilarigues às 10:59
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Segunda-feira, 19 de Fevereiro de 2007

Há muito, muito tempo...

“Há muito, muito tempo...”. Assim se começa a maioria das estórias que se conta às crianças antes de elas irem dormir. Falam de tempos quase imemoriáveis, de tempos onde a criança ainda não era nascida. Falam normalmente de modos de vida e de um dia-a-dia completamente desconhecido para o pequeno infante que escuta. Relatam normalmente, estas estórias, feitos corajosos e heróicos ou lindas paixões.

O que vos quero contar não é uma estória mas sim um pedaço da História. Da História recente do nosso país. Pois... talvez não tão recente. É de um período no qual eu ainda não era nascido, pelo que podemos começar da mesma forma:

«Há muito, muito tempo um pequeno País à beira mar esticado tinha um Senhor que comandava todos os seus desígnios. Assim como um Rei, mas sem ser Rei. António de seu nome, este “Governante” tinha uma imagem de um país em que todos seriam felizes e sem preocupação.

«Nesta sua contenda idealizou um lindo País de “Conto de Fadas”. Cada camponês com a sua casinha de pedra. Cada operário com a sua casinha de tijolinho. Cada doutor com o seu palacinho no cimo da colina.

«E aqui é que este lindo País começou a ir no caminho errado. Pois os palácios eram cada vez mais e maiores, e as casinhas de pedra e tijolinho começaram a ser de madeira e chapas de zinco. Foi aqui que o “feliz” povo se começou a revoltar.

«O Senhor António, homem de muita benevolência, dizem alguns hoje – vejam lá que morreu tão pobrezinho, sentia-se incomodado com todos os protestos por parte daqueles que amanhavam a terra, daqueles que moldavam o vidro, daqueles que forjavam o aço... Assim, e sem perceber o que tanto reclamava e protestava aquela boa gente que até a sorte tinha de ter tudo quanto precisava para levar uma vidinha com dignidade (muito pouco, diga-se), manda reunir os seus melhores guardas do palácio para que estes, a qualquer custo, se dêem conta do que se está a passar no seu lindo país.

«Esses melhores guardas assim o fizeram: Construíram campos de concentração, prenderam indiscriminadamente, torturaram, mataram... Mas por cada um que vergavam, dois se levantava para dar combate à tirania e à opressão que sobre todo o povo se abatia. A PIDE tinha carta branca para todas as atrocidades.

«O Sr. António, esse, morreu. Caiu duma cadeira, dizem, e acabou por morrer. Mas o que deixou foi uma coisa monstruosa. A PIDE continuou a matar e torturar todos aqueles que a única coisa que ansiavam era poder substituir a cobertura de zinco da sua casinha por um lindo telhado vermelho. Continuou a matar e torturar aqueles que só queriam ter algum (pouco) dinheiro para mandar os filhos para a escola, para que um dia soubesses ler e não fossem enganados como eles o eram constantemente.

«Aquilo que o Sr. António deixou para trás foi o medo, a opressão, a violência, o terror, a pobreza, o analfabetismo... Uma pequena casinha de branco com um quintal é muito bonita, mas só num mundo de fantasia.

Há muito, muito tempo homens lutaram, alguns pagaram o mais alto preço, para derrubar um regime que se sustentava com a opressão e usurpação aos mais fracos. Pegaram em armas e marcharam sobre a capital desse País. Deitaram abaixo um regime podre de velho.

Há muito, muito tempo fomos por momentos livres e donos do nosso destino. Por momentos... Até as velhas forças se tornarem a organizar e começarem pedaço a pedaço a tentar reaver o que o povo de direito conquistou. Mas isto é outra estória.

Espero tão só que este pedaço de História tenha servido para levantar um pouquinho o véu sobre o Sr. António de Oliveira Salazar e sobre os seus procedimentos para com o povo deste país. Espero que aqueles para quem, como eu, o fascismo foi há muito, muito tempo se sintam curiosos em de facto entender o mal que o regime desse Senhor fez a este país e aos seus cidadãos.

Espero que os jovens de Santa Comba se insurjam e gritem a plenos pulmões que não querem ver o nome da sua terra a ser associado ao museu-altar que alguns pretendem construir a este agora anunciado Homem-Santo.

Fascismo Nunca Mais!

 

publicado por Mário Lobo às 15:00
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Quarta-feira, 17 de Janeiro de 2007

Conversas da treta e algumas notas soltas: Museu Salazar

Assiste-se no nosso país a uma permanente e bem elaborada campanha, com vastos meios e sob diversas formas, de branqueamento do regime de Salazar e Caetano. Pretende-se, despudoradamente, reescrever a história de Portugal no século XX. Se possível apagar da memória a gesta da resistência anti-fascista. As expressões concretas deste objectivo são múltiplas e variadas.

Desde há algum tempo, duma forma progressiva, que tem vindo a ser difundido um projecto de criação de um denominado “Museu Salazar”. A ser instalado em Santa Comba Dão. Alguém, muito provavelmente os seus promotores, tem encontrado eco na comunicação social nacional. Mas também na regional. Face às reacções da opinião pública o planeado museu foi, significativamente, rebaptizado de «Museu do Estado Novo».

Quem são os patrocinadores? À cabeça surge a respectiva Câmara Municipal de maioria PSD. A qual, sublinhe-se, desde logo disponibilizou apoio político e meios logístico e financeiros. Depois, alguns familiares do ditador (nada alheios aos negócios envolventes…). Finalmente, outros interesses saudosos ou afectos ao regime fascista.

É uma completa mistificação apresentar este projectado “Museu” como algo que seria “devido” pelos seus concidadãos ou pelo município de origem ao ditador. É notório e indesmentível que Salazar foi tão responsável pela opressão, miséria e atraso de Santa Comba Dão como o foi do resto do País.

E só por manipulação se pode apresentar esta iniciativa como académica. Queiram ou não os seus promotores, defensores e apoiantes, este projecto, objectivamente, visa o revivalismo, o excursionismo e a propaganda do fascismo. Seria como se na Alemanha surgisse um Museu de Hitler ou na Itália o Museu Mussolini.

Acresce que, em si mesmo, constituiria um atentado aos ideais democráticos do povo português e dos democratas. E um claríssimo conflito com a Constituição e a Lei.

Convém não esquecer que Salazar, durante anos a fio, despachava semanalmente com o director da polícia política, a PIDE. Nenhum ministro se podia gabar de ser recebido com tal periodicidade!

Nessas reuniões discutiam-se as perseguições, as prisões, as torturas, as condenações, os assassinatos daqueles que ousavam defender os direitos do povo, protestar, lutar pela liberdade e por melhores condições de vida e de trabalho.

O executivo camarário de Santa Comba Dão alega a todo o momento dificuldades financeiras. Elas são a desculpa constante justificativa da sua inacção na resolução dos reais problemas do concelho. Vem agora falar num investimento que diz ser de mais de 5 milhões de euros. De onde vem o dinheiro? Este “Museu” é apresentado quase como a salvação para o atraso do concelho. Não há outras prioridades?

 

O nosso país carece sim de verdadeiros Museus da Resistência e do Fascismo. Lugares indispensáveis para estudar, em todas as suas vertentes, a realidade daquele período da história de Portugal. E para mostrar, sobretudo às gerações mais jovens, o porquê de “fascismo nunca mais”.


António Vilarigues
anm_vilarigues@hotmail.com
Sistemas de Comunicação e Informação

 

Publicado na edição do "JORNAL DO CENTRO" de 8 de Dezembro de 2006

publicado por António Vilarigues às 23:44
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O QUE ESTÁ A DAR – O MUSEU SALAZAR E NÃO SÓ

Os quarenta e oito anos de ditadura fascista constituem um dos períodos mais sombrios da história de Portugal.

Fascismo
A ditadura fascista criou um Estado totalitário e um monstruoso aparelho policial de espionagem e repressão políticas. Que actuava em todos os sectores da vida nacional, privando o povo português dos mais elementares direitos e liberdades.

A história da ditadura é uma história de perseguições, de prisões, de torturas, de condenações, de assassinatos daqueles que ousavam defender os direitos do povo, protestar, lutar pela liberdade e por melhores condições de vida e de trabalho.

Utilizando a força coerciva do Estado, a ditadura fascista impulsionou a centralização e a concentração de capitais, a formação de grupos monopolistas. Que se tornaram donos e dirigentes de todos os sectores fundamentais da economia nacional. Acumulando grandes fortunas assentes na sobre exploração, nas privações, na miséria e na opressão do povo português e dos povos das colónias portuguesas.

A ditadura fascista impôs aos trabalhadores formas brutais de exploração. Sacrificou gerações de jovens em treze anos de guerras coloniais. Forçou centenas de milhar de portugueses à emigração. Agravou as discriminações das mulheres e dos jovens, a subalimentação de grande parte da população, o obscurantismo, o analfabetismo, a degradação moral da sociedade.

A ditadura fascista realizou uma política externa de conluio com os regimes mais reaccionários. Que se traduziu no apoio directo à sublevação fascista em Espanha, na cooperação com a Alemanha nazi e a Itália fascista. Que se manifestou nas concessões militares que levaram ao estabelecimento de bases estrangeiras no território português. Que se revelou na subserviência ante as grandes potências imperialistas e no alinhamento com a política de guerra dos seus círculos mais agressivos e reaccionários.

Conforme definiu o Programa do PCP aprovado no VI Congresso realizado clandestinamente em 1965, o regime fascista foi uma ditadura terrorista dos monopólios (associados ao imperialismo) e dos latifundiários – ditadura frontalmente contrária aos interesses do povo português e de Portugal.

Museu Salazar
É tudo isto, e muito mais, que certos sectores da sociedade portuguesa procuram esconder e escamotear. Assiste-se a uma permanente e bem elaborada campanha, com vastos meios e sob diversas formas, de branqueamento do regime de Salazar e Caetano. “O que está a dar” é reescrever a história de Portugal no século XX.

Uma expressão de grande gravidade deste objectivo é a anunciada tentativa de pôr a funcionar em Santa Comba Dão, o chamado «Museu Salazar». Entretanto rebaptizado «Museu do Estado Novo». Que conta com o patrocínio da respectiva Câmara Municipal de maioria PSD. A qual, sublinhe-se, desde logo disponibilizou apoio político e meios logístico e financeiros. Bem como de familiares do ditador (nada alheios aos negócios envolventes…) e de outros interesses saudosos ou afectos ao regime fascista.

É uma completa mistificação apresentar este projectado “Museu” como algo que seria “devido” pelos seus concidadãos ou pelo município de origem ao ditador. Salazar foi tão responsável pela opressão, miséria e atraso de Santa Comba Dão como o foi do resto do País.

E só por manipulação se pode apresentar esta iniciativa como académica. Queiram ou não os seus promotores, defensores e apoiantes, este projecto, objectivamente, visa o revivalismo, o excursionismo e a propaganda do fascismo. Seria como se na Alemanha surgisse um Museu de Hitler ou na Itália o Museu Mussolini.

Acresce que, em si mesmo, constituiria um atentado aos ideais democráticos do povo português e dos democratas. E um claríssimo conflito com a Constituição e a Lei.

O nosso país carece sim de verdadeiros Museus da Resistência e do Fascismo. Lugares indispensáveis para estudar, em todas as suas vertentes, a realidade daquele período da história de Portugal. E para mostrar, sobretudo às gerações mais jovens, o porquê de “fascismo nunca mais”.

Divergências ideológicas
Noutra área do espectro político “o que está a dar” é sair do PCP por divergências ideológicas.

Pelos vistos alguns ex-comunistas pensam que ganham credenciais por esse facto. Vá-se lá saber porquê. Por ocasião da morte de Álvaro Cunhal, p. ex., assisti estupefacto a um a afirmar perante as câmaras da televisão que tinha abandonado o PCP em 1969 por divergências sobre a situação na Checoslováquia. Só que a realidade foi outra. Expulso em 1964, cinco anos antes, por questões que nada tiveram a ver com a ideologia. Imaginação fértil, ou algo mais?

Lamentavelmente Eduardo Prado Coelho (EPC) afina pelo mesmo diapasão.

Uma arreliadora gralha, estou certo disso, transformou Novembro de 1975, data da sua efectiva saída do PCP, em Novembro de 1974. Mas não foi um erro de escrita que o levou a confessar que “deslizei para a área socialista”. Mais uma vez “deslizamos” para o terreno do imaginário. A verdade está na edição do jornal “Avante!” de 16 de Novembro deste ano, ou em http://www.avante.pt/noticia.asp?id=16913&area=25.

Quanto à dialéctica materialista, entendida como teoria marxista do conhecimento, andávamos todos enganados. Mas EPC reconduziu-nos ao bom caminho. É tudo uma questão de intuição. Uns têm e outros não. Álvaro Cunhal pelos vistos tinha. E EPC? Já agora. Essa intuição é de origem divina ou genética?

EPC quando teoriza sobre questões da cultura fá-lo com qualidade e com profundidade. O mesmo não se pode dizer quando se debruça sobre o movimento comunista e revolucionário (“O baile dos espectros”).

Quase tudo nesse artigo assenta em falácias causadas pelo atrevimento que provém da ignorância. “ (…) esta reunião (Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários) é uma tentativa patética de sobrevivência, em que um certo número de partidos que já ninguém conhece, que nada pesam na vida política dos seus países, com ignotos mas certamente denodados dirigentes, resolvem brincar às casinhas e fingir que são gente grande. Não são, claro. Ninguém os toma a sério.” Por acaso nem precisamos de sair da Europa. Basta-nos ir a um país da União Europeia chamado Chipre (conhece?) onde os ditos “marxistas-leninistas” ganharam, pela segunda vez consecutiva, as eleições legislativas.

Pudemos também ir à África do Sul, onde o sucessor designado de Nelson Mandela, Chris Hani, era o secretário-geral do Partido Comunista. Por isso mesmo foi assassinado em 1993. E onde os comunistas têm um importante papel em todos os níveis do aparelho de estado.

Continuemos por África, Ásia, América do Norte, do Centro e do Sul, Oceânia. E que tal fazer os trabalhos de casa? Aliás a afirmação nem sequer é nova. Vem sendo repetida há dezenas de anos. Foi assim, por exemplo, quando apareceram os denominados “euro comunistas”. Ou quando caiu o muro de Berlim. Fraco argumento ideológico.

Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação


António Vilarigues
anm_vilarigues@hotmail.com
Sistemas de Comunicação e Informação

Publicado na edição do jornal PÚBLICO de 5 de Dezembro de 2006

publicado por António Vilarigues às 23:34
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